No momento em que atravessamos as eleições autárquicas em Sintra, tenho me interrogado o que é ser independente. Já tinha abordado anteriormente esta questão baseada numa notícia que saiu na TSF e que confirma que estes jogos políticos estão a acontecer à frente dos nossos olhos, e que o politólogo José Adelino Maltez alertou durante uma entrevista à TSF que "a maioria dos candidatos são falsos independentes". Mas a sociedade em geral está a ficar sensibilizada à "falsa independência" que reina por estas autárquicas fora, e Sintra é um perfeito exemplo destes acontecimentos que minam a nossa democracia. Mas é preciso haver escrutínio. Desafio os eleitores a fazerem uma reflexão até dia 29 de Setembro sobre este tema, se por acaso, ainda não o fizeram, e acompanharem-me nesta feliz visita que realizei.
Dito isto, como candidato à Câmara de Sintra pelo PAN, e curioso também na independência dos que invocam esse estatuto que muito tenho respeito, visitei o movimento MUDA. Assumo desde já, uma dose de "inveja", pois como candidato do PAN, não posso atribuir à minha pessoa e à minha candidatura do PAN, "independente". Talvez ganhasse uns votos, mas não acho coerente e não é rigoroso, e para mim, isso basta para não invocar em vão essa palavra.
Fui por isso visitar o movimento MUDA que se auto-proclama de independente, e que se candidata à Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins. Fiquei positivamente surpreendido e pude confirmar a sua independência, por encontrar pessoas que nunca estiveram em partidos, que não se juntaram a partidos para a missão que assumiram, e que orgulhosamente se apresentam como filhos da terra ao qual concorrem, e que quiseram elevar a sua responsabilidade de meros cidadãos, ao direito de criar um movimento que pudesse mudar a realidade da sua terra natal. Foi assim que me encontrei no passado dia 5 de Setembro com o M.U.D.A. (Movimento Unido pela Democracia Ativa), no seu espaço em Algueirão Mem Martins, com o José Silveira e o Célio Ramos. Pode saber mais aqui https://www.facebook.com/pages/MUDA-Movimento-Unido-pela-Democracia-Ativa/119605598238347?fref=ts
As suas ideias e mensagens são independentes e frescas em comparação aos partidos da "velha guarda", e apontam para uma democracia mais participativa e que tenta mobilizar não apenas as pessoas, mas as ideias, ao serviço de quem devem servir. Em comparação, o PAN também orgulha-se de ter como pilares os seus representantes activistas, com ideias e propostas e que tem trabalho feito fora do partido. Já atuamos em prol dos outros e tentamos servir todos, sociedade como um todo. Talvez não seja por isso coincidência que o nosso partido seja representando por pessoas que fazem parte de associações locais, de organizações locais, de projectos solidários espalhados por Sintra e por Portugal fora, e que tem sido reconhecido pouco a pouco, pela sua faceta ideológica e diferente, refrescante com a sua visão de uma sociedade equilibrada e com valores que vão ao encontro de uma ética desejável na prática.
Foi por isso com muito agrado que convivi nessa manhã com pessoas e ideias que se manifestam e materializam neste movimento, que, até à data, é o único que eu identifico como independente. Não conheço mais nenhum. Mas pode ser falha minha. Faço votos que quaisquer movimentos independentes (leia-se, pessoas que nunca tiveram em partidos, que não são filiados em partidos, candidatos que não se valem dos seus conhecimentos partidários para ser candidatos em Sintra) possam-lhes ser cedidos o espaço que merecem nos orgãos e locais de decisão nestas autárquicas em Câmaras e Juntas. O contrário a acontecer, levará a uma estagnação novamente em Sintra, que é tudo o que não queremos que aconteça.
No caso do PAN, somos dependentes: do bem estar de todos, e assumimos que as nossas decisões não devem comprometer uns, em benefícios de outros. Assumimos os nossos compromissos eleitorais que se baseiam na nossa ideologia política, mas que não é restrita, e sim abragente. Pode rever as nossas propostas para Sintra aqui (http://www.pansintra2013.pt/).
Estou convicto que as nossas bandeiras são também partilhadas por quem quer bem a Sintra, independentes ou não. Agora, mais do que independentes, sejamos rigorosos e coerentes, isso sim, isso vale. Espero e contribuo também para que, os cidadãos de Sintra e as suas famílias, comecem a ser mais exigentes no significado das palavras usadas nestas autárquicas. A transparência e a verdade assim o obrigam.
Nuno Azevedo
Candidato à Câmara de Sintra pelo PAN
Partido pelos Animais e pela Natureza.