2.10.13

PAN sobe nas previsões mas quem ganhou foi a Abstenção em Sintra



Como candidato à Câmara Municipal de Sintra pelo PAN às autárquicas de Sintra, quero agradecer a todos os 2.371 cidadãos e cidadãs que nos confiaram o seu voto no passado domingo dia 29 de Setembro. O vosso voto é útil, e é útil como voto de confiança e mudança também, e foi determinante e importante sabermos que as nossas ideias e propostas acolhem um cada vez maior número de pessoas que estão interessadas em novas bandeiras, novas políticas para Sintra, e que têm mais consciência e abertura para assuntos e ideias que a política normalmente em Portugal não aborda, por estar cada vez mais desligada das pessoas e da sua realidade. Deixem-me depois deste agradecimento à população, agradecer também as visitas e convites que nos foram endereçados, pelo SMAS, Associação de Defesa do Património de Sintra, Dínamo - Associação de Dinamização Sócio-Cultural, Associação de Moradores da Tapada das Mercês, Associação da Comunidade Islâmica da Tapada das Mercês, Chão de Oliva - Centro de Difusão Cultural em Sintra, Canil de Sintra, NAAAS - Núcleo de Animais Abandonados de Sintra, Antena 1, TSF, Rádio Ocidente, Tudosobresintra.com, Correio de Sintra, Cidade Viva, e outros grupo informais que nos fizeram chegar as suas ideias e sugestões.

Depois desta etapa que decidi aceitar através do PAN, quero partilhar alguns pormenores e conclusões da minha observação pessoal sobre o que sucedeu nestas autárquicas, em que pretendo partilhar a minha viagem ao cenário político e bastidores aos quais nunca tinha acedido, e partilhar com todos os que tenham curiosidade suficiente e desconhecimento sobre este assunto, tal como eu tinha antes de aceitar esta candidatura.

Primeiro, quem ganhou as autárquicas em Sintra, foi sem sombra de dúvidas, a abstenção: 60% das pessoas não votaram em Sintra. Por isso quero dar os meus parabéns a quem se absteve nestas autárquicas, porque embora seja da opinião de que esta abstenção é muito negativa para o processo democrático e que todos deveríamos participar independentemente das nossascrenças políticas, ela é um reflexo daquilo que os cidadãos pensam das políticas dos grandes partidos, um afastamento total da sua realidade e um contínuo desprezo pelas falsas promessas por cumprir. É sobretudo um aviso, um sinal de alarme, e um ponto sem retorno. Para todos nós. 

Quanto aos números finais, o PAN aumentou a sua percentagem em Sintra de votantes, e a nível nacional atingiu um número de eleitos recorde para assembleias de freguesia e da Câmara (em algumas autarquias dobrou os votos, noutras chegou a ultrapassar o dobro), algo nunca atingido por este partido. Infelizmente não tivemos a mesma possibilidade em Sintra, faltando nos cerca de 100 votos para que tivéssemos voz activa na Assembleia Municipal, logo, as nossas políticas, que consideramos que são de todos, animais não humanos incluídos, não estarão nos próximos 4 anos a ser sugeridas e debatidas nos locais, nos centros decisores e pelos protagonistas das poliíticas em Sintra. Apesar das sondagens nos darem inicialmente 1%, a verdade é que conseguimos para a Câmara 1,93% e para a Assembleia 2.39%, numeros finais.

Sintra foi um dos municípios recorde de abstenção no território nacional, chegando aos 60%. Traduzindo em números práticos, 6 em cada 10 pessoas não votaram em Sintra. Mais de metade das pessoas do prédio onde vive não foram às urnas. Mais de metade das pessoas que vivem na sua rua não votaram. Multiplique esta ideia por quase 400.000 habitantes em Sintra. É possível ficar indiferente a este desastre da não participação, de cada vez mais a maioria das pessoas não se reverem no sistema democrático? A nossa democracia está ferida de morte, existem feridas nas crenças e ideias e expectativas das pessoas e famílias, e isto merece reflexão, principalmente pelos partidos, mas não só. Se, por um lado, o sistema democrático pode ser posto em causa (o que nos faltará para isso? Chegar aos 70, 80, ou 90% de abstenção?), também não é menos verdade que todos nós somos a resposta para inverter a situação, e todos temos e devemos entender, não só os partidos e os políticos, mas os cidadãos comuns e as suas famílias, que observar a questão da abstenção e lidar com ela de forma frontal é um caminho para a discussão do que está errado, do que está a correr mal, e de tentar compreender os factos por mais que eles nos custem. O contrário a acontecer, vai levar a mais depressão, a mais fervilhar social, a mais embates e choques, e a cada vez mais afastamento uns dos outros. Não foram só os políticos que se afastaram das pessoas, as pessoas também não quiseram e não querem saber da política. De quem é a culpa? Isso é algo que deixo por responder, nos próximos meses, anos. Espero sinceramente que todos tenhamos uma voz activa no assunto, para o bem de todos, senão perderemos uma das melhores alturas e oportunidades que tivemos nestes últimos 40 anos de democracia, em descer à terra e aceitarmos as nossas limitações e as nossas potencialidades enquanto seres inteligentes e que acreditam na discussão de assuntos que nos tocam a todos, e não pode deixar ninguém de fora, tanto quanto possível.

O PAN introduziu na sua conduta como partido nestas autárquicas em Sintra, e como filosofia política, que partilho também eu enquanto cidadão, temas importantes em Sintra como a sustentabilidade económica e ambiental, políticas de turismo sustentável, aposta na juventude e nas suas capacidades enquanto participantes que não têm sido ouvidos na Câmara, políticas de "pormenores" que têm um grande impacto na vida de todos nós e na vida em geral (segundas-feiras sem carne, extinguir as touradas em Sintra, por exemplo), uma forte aposta na qualidade de vida das famílias, incluindo os seus animais que todos concordam ser membros da sua família humana, através de propostas como parques para pessoas e canídeos, e de desportos como skate, basquetebol, corredores verdes, etc... num parque que infelizmente ainda não chegou aos 400 mil habitantes de Sintra, e que tanto faz falta à vida, à rotina, ao dia-a-dia, aos pontos de encontro saudáveis que necessitamos para conviver em sociedade. Muitos concordarão comigo: em Sintra, leia-se Linha de Sintra, não se vive, sobrevive-se na correria do dia a dia, na desorganização apressada da vida e das exigências da sociedade e do trabalho. Por isso, esta discussão e as suas soluções não passam, não devem, ficar apenas pelos partidos, terão que ser as pessoas a tomar conta da suas capacidades e responsabilidades, da abertura da consciência da sua voz, e da cada vez maior expansão da nossa vida pessoal, da nossa comunidade, da nossa sociedade, e que não está alheia às políticas que decidimos apoiar e às suas consequências relativamente a todos nós, seres humanos, animais e ambiente. A voz não activa, a não participação, terá também resultados, e ela é também uma forma de fugir às responsabilidades, às consequências, e é também um virar de costas à sociedade, comunidade, vivência participativa que todos nós devíamos ter sido ensinados a ter. Não são só os partidos que têm que ensinar a democracia ao povo (e considero que existe muito por fazer nesse campo), são também as organizações educadoras, formais e informais, e as que fazem planos para um crescimento social sustentável e que apostam num crescimento do conhecimento, da igualdade, e da responsabilidade dos cidadãos. Mas isto não se aprende na escola, porquê? E isso é um erro que espero que a educação em Portugal saiba analisar, rever também as suas/nossas prioridades como elo de ligação aos cidadãos e famílias, e saibamos todos contribuir para a mudança que queremos ver acontecer. Mas cada um de nós, pode e deve ser a mudança que quer ver acontecer. É esse o sinal de esperança que deixo nesta minha última declaração como candidato à Câmara Municipal de Sintra. Vemo nos por aí, Sintra é grande, e as pessoas também engradecem Sintra. Bem hajam.

Nuno Azevedo

18.9.13

Visita à Associação Islâmica da Tapada das Mercês

                                      

No passado dia 11 de Setembro o PAN Sintra fez uma visita ao espaço da Associação "A Comunidade Islâmica da Tapada das Mercês e Mem Martins". Fo
mos recebidos gentilmente por esta comunidade através do Mamady Sissé, um dos responsáveis desta Associação. Conhecendo bastante bem o trabalho e desempenho que esta Associação tem realizado desde a sua abertura em 2008, por eu ser morador da Tapada, também eu fui um dos beneficiados deste espaço e da humildade desta comunidade, que em 2011 proporcionou que eu e mais de 20 habitantes pudessem frequentar um curso de Cidadania Activa promovida pela KCidade. Foi através deste curso que despertei para as necessidades locais, para o papel de diversas culturas conviverem harmoniosamente, e para a importância de projectos comunitárias em territórios em que a colaboração é um desafio como o da Tapada. Por isso, ficarei para sempre com uma dívida de gratidão a esta comunidade exemplar e à KCidade. 

Conhecendo previamente o espaço, os equipamentos, as salas de aula, e o espaço de apoio a desempregados e imigrantes, é visível a capacidade e o compromisso que esta organização oferece junto dos cidadãos e famílias na freguesia de Algueirão Mem Martins. No entanto, não deixam de sofrer como qualquer organização solidária/comunitária nos seus esforços diários, e dado a natureza do seu vínculo social e humanitário, as exigências amontam-se ano após ano, impossibilitando de atender a todas as necessidades que enfrentam todos os dias pelos cidadãos que recorrem ao seu espaço. Foi nos transmitido nesta visita que apesar de haver muitos contactos com a Câmara e com as entidades estatais que usam o espaço para realizar tarefas como assistência aos desempregados, apoio aos imigrantes, gabinetes de apoios vários, a verdade é que todo o trabalho realizado neste espaço não é ainda financeiramente suportável, o resultado entre o esforço das equipas e das várias tarefas que têm em mãos, em contraste com os apoios que lhe são dados e as condições para executar essas variadas tarefas deixam a associação com um défice de capacidade de resposta financeira. É difícil manter pessoas que se entregam em trabalho voluntário, e cuja a responsabilidade tem aumentado em quantidade e responsabilidade, e ter muito pouco retorno da Câmara no que é essencial para se continuar a trabalhar em prol dos outros. 

                                   

Como resultado destes e de outros encontros que o PAN Sintra realizou para estas autárquicas, iremos incluir no nosso programa eleitoral a criação de um Gabinete de Apoio às Associações, para que estas tenham ajuda jurídica, burocrática, económica e de especialização em assuntos que não dominam, e possam assim ter um suporte directo da Câmara especializado e profissional. Assim, as Associações como esta e outras que se debatem com tantas conformidades e formalidades por cumprir, podem se dedicar e focar no trabalho que têm em mãos, criando cada vez melhores resultados, criar sinergias, adaptar o seu trabalho a um cada vez maior leque de exigências, e não ficar estrangulados nas burocracias. 

Sintra não é apenas um local conservado no tempo, que tem como moeda de troca para os turistas as suas riquezas culturais e Património Mundial da UNESCO. Tem um outro lado, é um território que fora da Vila de Sintra que tanto se fala, estão espalhadas por variadas freguesias mais de 370 mil pessoas e famílias, séniores, várias etnias culturais, animais de estimação cujo o número não sabemos, e onde a qualidade de vida e a sustentabilidade económica para todos encontra-se em estagnação à anos. O PAN é sensível a este problema, e a vida humana (fazer da qualidade de vida uma causa), animal (não temos números de animais domésticos em Sintra) e ambiental (atropelos ambientais no exagero da construção e falta de equipamentos dignos ao desenvolvimento desportivo como aposta social) têm pago um preço. E a maneira mais fácil de compreender esta dura e triste realidade, é por simples comparação. Sintra tem bem perto de si três Câmaras: Oeiras, Amadora e Cascais. Todas estas foram capazes de se ajustar no tempo, nas capacitações, nas solicitações que lhes foram feitas pelas organizações, pelas pessoas, pelas famílias. Muito bem ou menos mal, umas mais que as outras, estas Câmaras conseguiram responder várias vezes, através de materialização de parques enormes urbanos, através de gabinetes e apoios às associações, através da requalificação de espaços e prédios para atender aos desafios das comunidades, dos negócios locais e de criação de emprego, da vida das pessoas. Sintra não teve essa sorte. Faltou empenho e faltou visão na acção. É isto que os eleitores têm que se lembrar nas urnas no próximo dia 29. Partidos como o PAN, e os outros partidos pequenos, que ainda não foram escolhidos como preferenciais no voto, devem ser os escolhidos para que a mudança seja possível. É necessário uma forte aposta nos votos dos partidos que têm a vontade de mudar, mas que são depreciados na hora de votar. Está na hora de mudar de voto, e está na hora de combater a ausência de voto ou voto em branco, abertamente, sem preconceitos partidários atribuindo muitas vezes a culpa a todo um sistema democrático que não pode penalizar o PAN, somo um partido com 4 anos de existência, e só podemos provar o que dizemos, se formos eleitos.

Depois da visita e da reunião a esta Associação, foi nos cedido um momento especial junto dos membros que estavam connosco. Foi realizado no final da reunião, uma reza islâmica, um desejo espiritual destes membros, que nos ofereceram da forma mais humilde que sabem, e com a sua crença, votos de boa campanha para o PAN e para os resultados que procuramos obter em Sintra. Agradecemos o gesto, e ficámos agradecidos e tocados por termos sido recebidos por pessoas e uma organização que merece ainda mais respeito e ainda mais ajuda daqui em diante. Todos os que trabalham em benefícios de muitos devem ser respeitados, orientados, e a sociedade deve recebê-los sempre de braços abertos. Um grande abraço e bem hajam. 

15.9.13

Entrevista ao candidato Nuno Azevedo do PAN dia 10 Setembro (Lusa)


Sintra, 10 set (Lusa) - O candidato do Partido pelos Animais e pela Natureza (PAN) à Câmara de Sintra, Nuno Azevedo, defendeu hoje a adoção de políticas amigas do ambiente que visem a diminuição de viaturas a circular dentro da vila património mundial.

"Defendemos as vias de 30 quilómetros por hora para diminuir o número de carros e de visitantes com carro no centro da vila. Defendemos vias para bicicletas, de forma a que haja passagem por Sintra de um tipo de turismo que ainda está por rentabilizar, que é o cicloturismo", disse o candidato aos jornalistas.

Nuno Azevedo defendeu ainda a adoção de outras políticas camarárias que visem "reduzir a pegada de carbono em Sintra", como da sensibilização para a utilização de viaturas e bicicletas elétricas na vila, bem como a atribuição de bicicletas à polícia.
"Fala-se tanto de falta de veículos nas polícias, queremos que o polícia local tenha maior proximidade junto da população. E porque não atribuir bicicletas aos agentes de autoridade para que a circulação seja, ao mesmo tempo, ecológica e de maior proximidade?", questionou.

Nuno Azevedo adiantou que estas propostas se encontram num quadro "da base do que é o PAN, um partido com preocupações ecológicas".

O candidato à presidência da Câmara de Sintra nas eleições de 29 de setembro falava com os jornalistas no final de uma reunião com responsáveis da Associação de Defesa do Património de Sintra.

9.9.13

Visita ao Movimento M.U.D.A. em Algueirão Mem Martins



No momento em que atravessamos as eleições autárquicas em Sintra, tenho me interrogado o que é ser independente. Já tinha abordado anteriormente esta questão baseada numa notícia que saiu na TSF e que confirma que estes jogos políticos estão a acontecer à frente dos nossos olhos, e que o politólogo José Adelino Maltez alertou durante uma entrevista à TSF que "a maioria dos candidatos são falsos independentes". Mas a sociedade em geral está a ficar sensibilizada à "falsa independência" que reina por estas autárquicas fora, e Sintra é um perfeito exemplo destes acontecimentos que minam a nossa democracia. Mas é preciso haver escrutínio. Desafio os eleitores a fazerem uma reflexão até dia 29 de Setembro sobre este tema, se por acaso, ainda não o fizeram, e acompanharem-me nesta feliz visita que realizei.

Dito isto, como candidato à Câmara de Sintra pelo PAN, e curioso também na independência dos que invocam esse estatuto que muito tenho respeito, visitei o movimento MUDA. Assumo desde já, uma dose de "inveja", pois como candidato do PAN, não posso atribuir à minha pessoa e à minha candidatura do PAN, "independente". Talvez ganhasse uns votos, mas não acho coerente e não é rigoroso, e para mim, isso basta para não invocar em vão essa palavra. 

Fui por isso visitar o movimento MUDA que se auto-proclama de independente, e que se candidata à Junta de Freguesia de Algueirão Mem Martins. Fiquei positivamente surpreendido e pude confirmar a sua independência, por encontrar pessoas que nunca estiveram em partidos, que não se juntaram a partidos para a missão que assumiram, e que orgulhosamente se apresentam como filhos da terra ao qual concorrem, e que quiseram elevar a sua responsabilidade de meros cidadãos, ao direito de criar um movimento que pudesse mudar a realidade da sua terra natal. Foi assim que me encontrei no passado dia 5 de Setembro com o M.U.D.A. (Movimento Unido pela Democracia Ativa), no seu espaço em Algueirão Mem Martins, com o José Silveira e o Célio Ramos. Pode saber mais aqui https://www.facebook.com/pages/MUDA-Movimento-Unido-pela-Democracia-Ativa/119605598238347?fref=ts

As suas ideias e mensagens são independentes e frescas em comparação aos partidos da "velha guarda", e apontam para uma democracia mais participativa e que tenta mobilizar não apenas as pessoas, mas as ideias, ao serviço de quem devem servir. Em comparação, o PAN também orgulha-se de ter como pilares os seus representantes activistas, com ideias e propostas e que tem trabalho feito fora do partido. Já atuamos em prol dos outros e tentamos servir todos, sociedade como um todo. Talvez não seja por isso coincidência que o nosso partido seja representando por pessoas que fazem parte de associações locais, de organizações locais, de projectos solidários espalhados por Sintra e por Portugal fora, e que tem sido reconhecido pouco a pouco, pela sua faceta ideológica e diferente, refrescante com a sua visão de uma sociedade equilibrada e com valores que vão ao encontro de uma ética desejável na prática.

Foi por isso com muito agrado que convivi nessa manhã com pessoas e ideias que se manifestam e materializam neste movimento, que, até à data, é o único que eu identifico como independente. Não conheço mais nenhum. Mas pode ser falha minha. Faço votos que quaisquer movimentos independentes (leia-se, pessoas que nunca tiveram em partidos, que não são filiados em partidos, candidatos que não se valem dos seus conhecimentos partidários para ser candidatos em Sintra) possam-lhes ser cedidos o espaço que merecem nos orgãos e locais de decisão nestas autárquicas em Câmaras e Juntas. O contrário a acontecer, levará a uma estagnação novamente em Sintra, que é tudo o que não queremos que aconteça. 

No caso do PAN, somos dependentes: do bem estar de todos, e assumimos que as nossas decisões não devem comprometer uns, em benefícios de outros. Assumimos os nossos compromissos eleitorais que se baseiam na nossa ideologia política, mas que não é restrita, e sim abragente. Pode rever as nossas propostas para Sintra aqui (http://www.pansintra2013.pt/).

Estou convicto que as nossas bandeiras são também partilhadas por quem quer bem a Sintra, independentes ou não. Agora, mais do que independentes, sejamos rigorosos e coerentes, isso sim, isso vale. Espero e contribuo também para que, os cidadãos de Sintra e as suas famílias, comecem a ser mais exigentes no significado das palavras usadas nestas autárquicas. A transparência e a verdade assim o obrigam.

Nuno Azevedo
Candidato à Câmara de Sintra pelo PAN
Partido pelos Animais e pela Natureza.

5.9.13

Água: um direito a valorizar e uma certeza por concretizar



Dia 3 de Setembro o PAN participou, juntamente com os restantes candidatos à Câmara de Sintra que se interessaram na matéria, através do convite feito pelo SMAS, no debate em defesa da água pública. O SMAS abriu as suas portas e demonstrou transparência nos seus objectivos, nas suas dificuldades, no que move os trabalhadores e a companhia, e que não se cinge à venda da água e sua gestão, existe algo mais no carregar o peso desta responsabilidade como bem essencial para todos nós. O SMAS e os seus colaboradores estão cientes da obrigação e da responsabilidade que têm entre mãos. Asseguram como podem, com os meios e os objectivos que são propostos pelo SMAS, a excelente qualidade de água até aos domicílios, e a gestão dos saneamentos, a gestão técnica coordenada por equipas que estão activas no terreno e a organização e actualização dos seus equipamentos físicos espalhado por toda a Sintra (mais de 160 quilómetros de condutas) e de software que gere esta enorme rede. Parece simples, mas não é. Fácil foi entender a estrutura humana e física que organiza o SMAS e que gentilmente nos foi cedida, e que resulta numa água de alta qualidade e que obtemos nas torneiras das nossas casas em todo o Concelho de Sintra. No debate à tarde, estiveram presentes além dos candidatos, quatro ilustres para comentar e fornecer informações por estarem mais sensibilizados sobre esta matéria, e estava assim aberto ao público em geral para participar. Mas existem questões que vão além da capacidade técnica e de gestão do SMAS, e que fogem das suas mãos. É que este bem é cobiçado por todas as empresas privadas que a querem tornar num negócio sem qualquer risco, pois os clientes, esses, estão assegurados, somos todos nós! Não havendo quaisquer dúvidas sobre a necessidade absoluta deste bem, as conclusões iniciais do debate foram:


1. A água é de todos? Se sim, se é indispensável como o ar que respiramos, estão asseguradas medidas para que quem não tem condições para pagar este bem essencial, o possa obter? Não. A água vem com um preço, e não foram até agora, legalmente, a nível nacional e europeu, criadas quaisquer directrizes que providenciem a pessoas e famílias que dela dependem, e não possam pagá-la, quaisquer possibilidades de acesso. Já temos um problema por resolver.

2. A água pode ou deve ser privatizada? Mesmo com entidades controladoras? Analisando exemplos de Câmaras que cometeram o erro de privatizar a água do seu município em Portugal, e exemplos de outros países em que isso aconteceu,  verificamos que os resultados são desastrosos se avaliarmos o conjunto de pontos negativos versus positivos: a água fica mais cara, as empresas não cumprem, e os gastos mais significativos a serem executados caem no bolso dos municípios, que vão buscar o dinheiro aos bolsos dos contribuintes. 

3. "A água serve 7 mil milhões de pessoas no mundo." Dito isto durante o debate, a intervenção do PAN teve que assumir o nosso compromisso! Não! Não serve 7 mil milhões de pessoas, serve sim 7 mil milhões de humanos vezes sete mil milhões de animais não humanos. E quando se tomam decisões políticas, económicas, sociais, tem de ter-se em conta a água que é gasta para os animais não humanos? Principalmente se tivermos em conta por exemplo o custo de um quilo de carne, por exemplo? Um quilo de carne custa cerca de 30.000 litros de água. Queremos continuar com a produção massiva de animais para consumo? Ou queremos fazer contas e propor algumas alternativas, para o bem de todos nós? Colocámos a questão, e facilmente percebemos que ainda temos muito caminho para percorrer, mesmo perante os presentes especialistas no debate.

4. É assunto encerrado se não se privatizar água? Errado! Não poderíamos todos estar todos mais errados. As empresas privadas espreitam para todas as possibilidades que têm e espaço que lhes é dado, para se apoderar a qualquer momento deste bem, e aumentar as tarifas das mesmas, pensando unicamente em engordar os seus bolsos e diminuindo sempre a sua própria despesa. A qualquer momento pode acontecer, porque a privatização do nosso sector público cresce a cada dia que passa, e tem sido transversal aos sectores pelos quais as empresas privadas se interessam e compram a preço de saldo o que era público.

Solução: Cidadania Activa e apostar em partidos que garantam decisões conscientes dos seus resultados, no sítio certo, na hora certa. Os munícipes de Sintra não se podem esquecer, ou devem ser lembrados, que estamos numa época de acordar o espírito, de despertar para novas etapas da nossa sociedade, e elas podem acontecer de várias maneiras. Uma delas, é o que diz respeito à sua responsabilização individual, no direito e defesa do bem comum, e do que é absolutamente necessário e nem devia ser discutido. Mas é necessário discutir e acordar. Porque enquanto não discutimos, os direitos adormecem, e são resgatados por valores económicos que nos fazem pular da cama todos os dias. E às vezes, em pesadelos: desemprego, falta de empatia pelos valores democráticos da sociedade em geral, falta de participação seja pela negação dos direitos, seja pela ignorância dos mesmos. Cabe a cada um dos cidadãos informar-se acerca da legitimidade do direito à água e à sociedade reconhecer que sem discussão, sem o esclarecimento desta matéria, estamos a ficar inundados e condenados pela inércia. Cabe à Câmara de Sintra e ao SMAS ir cada vez mais longe, como fez com este debate, mas não ficar por aqui. Existem escolas, que têm visitas mas não têm discussões sobre a água. Existem trabalhos de casa para os alunos relacionados com o meio ambiente mas não lhes é perguntado se sabem tudo o que querem saber sobre a água. Existem debates públicos, mas infelizmente que resultam como se de fechados se tratassem, porque este debate em que participámos não conseguiu penetrar nas camadas dos cidadãos de Sintra e sensibilizá-los para participarem neste momento, neste debate específico, não atingiu, não comunicou com o cidadão comum do Concelho de Sintra. É preciso continuar o esforço que contrarie esta realidade. A passagem, se ocorrer, para o privado, será um balde de água fria para todos os que não tomaram as devidas precauções e não acordaram a tempo para este assunto. Este debate foi uma dessas oportunidades.

O PAN Sintra acredita que ninguém pode afirmar que está fora deste debate, que não pode nem consegue participar, pois é um assunto que preocupa no presente e que preocupará e afectará as gerações futuras.

Será um risco pensar-se que é um assunto encerrado. Um dia poderá ser encerrado, mas num escritório, um contrato de privatização da água em Sintra. Aí, poderá ser tarde demais. 

Pode participar neste assunto esclarecendo-se neste site, e sabendo um pouco mais do que sabia sobre a água e o direito a ela, participe:  http://www.aguadetodos.com/

2.9.13

Dez, o número perfeito para Sintra


O PAN (Partido pelos Animais e pela Natureza) apresenta dez temas para actualizar Sintra, dividindo estes dez temas em propostas que permitem responder às expectativas das necessidades de mudança na vida dos Sintrenses. Não são propostas que venham de um escritório ou de um meio isolado e burocrático tantas vezes distante do que se passa no território e do que acontece às vidas e gentes de Sintra. São propostas concretas, reais, vivas, e que respiram da ousadia prática, da realidade circundante, da pura sensatez: a vida é simples e os responsáveis políticos não podem complicar o que é fácil de realizar, não podem continuamente esconder-se debaixo do manto do conformismo a que condenaram Sintra nos últimos anos. Segundo o Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, através de um estudo sobre a "qualidade de vida dos concelhos portugueses", atirava o município de Sintra que detinha o 4º lugar em 2004, para o 42º lugar em 2009. Mas a receita repetiu-se em 2009, e as eleições foram ganhas pelos mesmos políticos nos 4 anos seguintes (2009 -2013). Se dúvidas houvesse sobre se podiam ocorrer mudanças, devido às novas propostas eleitorais de 2009, mas que novamente foram os mesmos a ser eleitos, o estudo "Os Municípios e a Qualidade de Vida em 2012" deu o veredicto final sobre a passagem que acumula 12 anos (de 2001 a 2013) dos mesmos políticos na gestão da Câmara de Sintra: passámos para o 129º lugar no ranking dos Municípios Portugueses segundo o ICDES. Sintra está a meio da tabela num total de 301 municípios que foram incluídos no estudo em 2012. Para situar o leitor, estamos a falar de Sintra, o segundo maior Município do País em número de população (377.000 habitantes). Resultado: Cuba, uma região no Alentejo com pouco mais de 3.300 habitantes, está 2 lugares à frente na qualidade de vida que promove para os seus habitantes. Um cenário nada sedutor e que não deixa de dar um amargo na boca a quem por cá vive... em Sintra, diga-se.

Dizia Platão que dez era o número perfeito porque a Natureza nos formou as mãos com dez dedos. E na vida política, as mãos de quem devia trabalhar em prol do bem comum e público é decidido também pelas mãos dos que votam. Confiamos que as nossas propostas são também elas, como os dedos das mãos, um todo que agarra a realidade negativa que Sintra tem vindo a sofrer de forma crónica, e que transforma, com a nossa e a sua experiência. Faremos de tudo para concretizar estas propostas. Não abdicamos, não esquecemos as vidas em Sintra, e lutaremos até ao fim por um ideal de colaboração, de mãos juntas para que os nossos objectivos e propostas sejam o reflexo das aspirações do comum cidadão. Convidamo-lo a ler as nossas propostas no nosso site http://www.pansintra2013.pt/ e talvez descobrir que, afinal, as nossas mãos já há muito estão unidas.

Nuno Azevedo
Candidato PAN à Câmara Municipal de Sintra

10.8.13

Comunicado sobre vacada agendada para hoje em Colares

 
Mais uma vez, deparamo-nos com uma vacada agendada no âmbito de festas populares. As festas das Azenhas do Mar, em Colares, têm um programa festivo que inclui actividades culturais muito interessantes, como concertos e bailes, porém, infelizmente, inclui igualmente duas vacadas. Uma delas realizou-se no dia 6 e outra encontra-se agendada para o dia de hoje.
À semelhança daquilo que já fizemos anteriormente, voltamos a apelar à sensibilidade de quem pretenda participar nestas festas, para que não compactue com práticas cruéis e arcaicas como estas, que provocam sofrimento físico e psicológico aos animais que nelas são utilizados como se de objectos se tratassem.
Queremos uma sociedade evoluída, que se orgulhe de seguir princípios e valores éticos e de promover actividades culturais que primam pelo bem-estar de todos. Vamos todos lutar por uma sociedade mais ética e evoluída, para que os nossos filhos e netos possam viver num Mundo melhor.