28.11.09

Notícias no Município










Dois amigos, de 17 anos, violaram e roubaram uma menor, de 15, que atacaram em plena luz do dia quando esta ia a caminho da escola, em Mira-Sintra. O caso remonta a Maio, mas foi apenas o primeiro passo nos crimes sexuais para estes dois jovens amigos. Menos de um mês depois, a mesma dupla marcou um encontro com duas raparigas da mesma idade que tinham conhecido no Hi5, uma das mais populares redes sociais da internet. Ambas acabaram roubadas e violadas num local ermo junto à estação da CP de Mira-Sintra. Um dos suspeitos foi agora preso pela Judiciária de Lisboa, enquanto o outro, apurou o CM, está detido em Londres, Inglaterra, para onde tinha fugido e voltou a atacar.
No primeiro caso, os dois amigos surpreenderam uma estudante de 15 anos quando esta passava a pé por um descampado em direcção à escola. Sozinha. Aquele local, isolado, permitiu cometer os abusos sem que ninguém se apercebesse e pudesse socorrer a vítima menor.
No segundo caso, os agressores conheceram duas raparigas, também com 17 anos, através da internet. Os quatro tiveram um primeiro encontro que correu normalmente, mas, da segunda vez que combinaram estar juntos, o encontro já terminou de forma violenta, também num descampado de Mira-Sintra.
Em vez de serem levadas a tomar um café, as duas raparigas, amigas, foram arrastadas à força até junto da estação da CP. Nesse local, os dois agressores usaram de violência física para se apoderarem de diversos bens das vítimas e as obrigar a praticar vários actos de cariz sexual.
O jovem violador que foi detido anteontem tem antecedentes criminais pela prática de crimes contra o património, sobretudo roubos, adianta a Polícia Judiciária. Foi ontem à tarde presente a um juiz no Tribunal de Sintra, para primeiro interrogatório judicial, e recolheu à cadeia em prisão preventiva.



Nélson Neto, o homem de 32 anos que na segunda-feira se barricou numa creche em Agualva-Cacém, Sintra, comprou a caçadeira de canos serrados dois dias antes do acto tresloucado. "Arranjei-a na sexta-feira e depois fui pô-la ao escritório anexo ao infantário. Nunca quis fazer mal a ninguém, nem à minha ex-mulher. Se a comprei foi para me matar e, depois do que se passou nos últimos dias, só estou arrependido de não o ter feito", disse ontem ao CM.
O co-proprietário – em parceria com a ex-mulher – de O Cantinho da Agualva conta que o sucedido se ficou a dever a "partilhas relacionadas com o divórcio", que se arrasta "há seis meses" e que provocou "uma síndrome de stress pós--traumático devido às indecisões". "A minha ex-mulher queria deixar executar tudo o que temos em vez de dividir de forma justa: eu ficava com o café; ela com a creche. Por isso entrei no escritório e fechei--me lá dentro. Não ia fazer nada de mal. Só queria falar com ela e resolver o assunto."
Nélson conta ainda que a caçadeira disparou porque os negociadores da PSP lhe disseram "para atirar a arma para fora da divisão. Bateu no chão, partiu-se ao meio e disparou sozinha." Apesar do acto, Nélson Neto está apenas acusado de posse ilegal de arma e foi posto em liberdade pelo juiz de instrução criminal. "Não tenho cadastro, só multas de trânsito, por isso o caso baixou a processo sumário."



Usam nomes como NGA, Masta, G-Don, BG ou Ice. Gravam videoclips com mulheres seminuas e carros de luxo como os rappers norte-americanos. Mas também atacam cafés à mão armada para roubar e espancar rivais de outros bairros de Sintra e da Amadora. E o mais insólito é que usam uma carrinha 4x4 onde ostentam o nome da banda – Força Suprema – para chegar aos seus objectivos. Cinco foram presos anteontem pela Secção de Roubos da PJ de Lisboa na posse de pistolas e um cassetete da PSP.
Ao que o CM apurou, trata-se de quatro angolanos e um cabo-verdiano, entre os 27 e os 30 anos, que no final de Setembro se dirigiram a um café em Queluz num automóvel e no referido todo-o-terreno com a inscrição Força Suprema. Na posse de uma pistola e duas caçadeiras de canos serrados atacaram três clientes, rivais com quem queriam ajustar contas. As três vítimas foram espancadas e roubadas e o estabelecimento destruído.
Na operação que levou à detenção dos suspeitos, a PJ apreendeu duas pistolas de calibre 6,35 mm e o bastão usado por forças policiais.
Os cinco detidos, que ontem foram presentes ao juiz, são suspeitos de roubo à mão armada, ofensa à integridade física, posse de arma proibida e tráfico de droga – e a PJ continua a investigar a sua eventual ligação a outros crimes de grande violência.